terça-feira, 31 de maio de 2011

A Fruta cor de cereja.


A  Fruta cor de cereja.
                                              " O café é a amizade, a confiança, o bate-papo descontraído, a  conversa ao pé- do ouvido, o negócio acertado."
No dia nacional do café, uma planta originária da Etiópia que atravessou mares, quebrou fronteiras e desembarcou no Brasil como um agronegócio que durante muito tempo fez a nossa economia fervilhar nos portos mundiais deveria ser comemorada e lembrada como um produto nacional que não só enriqueceu famílias, mas gerou emprego, foi tema político ( política do café com leite) do Presidente Getúlio Vargas, e atenuou laços de amizade.  Em dias atuais  ainda é referência do que nós brasileiros  produzimos de melhor.
Veio o fim do Império, as crises mundiais, as guerras, mas o Brasil era o novo continente, em que havia muitos costumes e terras para se desbravar. Londrina com a sua terra vermelha e a chegada da Companhia de Terras em meados do século passado redescobriu o potencial dessas terras para o cultivo da fruta cor de cereja.
A história de Londrina se confunde com a do café, não há como separarmos o bebericar de um bom café e a arquitetura, o comportamento, as migrações que a mesma construiu em sua história.
Em tempos passados como produtora de grãos da nobre fruta ela foi referencia mundial nas bolsas de valores, mas veio as geadas e com elas perdas, mudanças, necessidades.
Uma cidade que tem como memória a produção de café não poderia deixar no esquecimento a sua contribuição para a economia e os costumes das mesas mundiais e nacionais através do café-  " ó estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança- nada tenho para te dar, também sou pobre e estas terras não são minhas. Mas aceita um cafezinho ?"
Estes verso de Anibal M. Machado definem bem a origem cordial do Londrinense que mesmo com as dificuldades econômicas de um período não desistiram de oferecer-nos um bom café.
Não sou londrinense, sou mais uma paulista que veio atrás do conhecimento e da história que Londrina me despertava desde adolescente, uma cidade de cenário econômico, gastronômico, patrimonial, cultural que me enchiam os olhos.
Aprendi a gostar e bebericar café nas mesas de famílias que me acollheram, famílias estas que se misturam com a formação da cidade e têm sua auto- estima pautadas no produto  de sua sobrevivência.
Não sou uma especialista na arte de bebericar um bom café, mas sou uma apreciadora do bom café e em tempos de século XXI ter o meu país como um dos maiores produtores dessa fruta cor de cereja, que não só refaz e constroem novas formas de amizade e identidade, mas que da cor de cereja, reverte ouro, pois atualmente os melhores blends mundiais saem de nossas terras tropicais, saber que Londrina a cidade que escolhi no passado por tantas histórias e comportamentos faz parte novamente dessa rota de produção cafeeira é um orgulho.
Hoje as terras do Paraná nos oferecem grãos premiados tanto para consumo interno , como para exportação, como é bom poder sentar em uma loja de cafés especiais em Londrina e poder nos envolvermos em uma nova experiência de paladar e melhor,  produção nossa, brasileira. Hoje não preciso ir mais a França para tomar um bom café, o meu país me oferece ali, num balcão, numa mesa de amigos, após um almoço de família a excelência de um bom café nacional.
Nós brasileiros infelizmente estamos longe de entender que nós produzimos e consumimos bons produtos, nossa auto-estima fica por conta do futebol e do carnaval, sendo que alguém já pensou o quanto essa nova fase do café de Londrina tem criado de laços com o mundo?  Pois é meu amigo londrinense aonde esta você? 
A rota do café é uma das iniciativas mais inteligentes que pude acompanhar a criação nessa cidade, ela refaz a história, o prazer da mesa, a economia e o encontro do velho com o novo.
Bebericar um café em Londrina é reacender laços sociais, culturais e prósperos  que a nossa pequena Londres em território nacional nos oferece de melhor- um café de qualidade e premiado mundialmente.
Venha redescobrir a Londrina que você esqueceu ou não teve a oportunidade de tirar do passado.
O presente desta cidade se chama: produção de cafés especiais para o mundo e nós bebericarmos com o prazer de sermos brasileiros.
Sílvia M. Bonini Regiani- Antropóloga e Escritora.
*A equipe da Rota do Café agradece imensamente todo o carinho, delicadeza e contribuição da escritora Silvia Regiani com a Rota do Café. Agradecemos também ao nosso querido Egon Bertolacini, cafeicultor de garra e mérito por produzir o café Terrara, de São Jerõnimo da Serra para o mundo dos cafés especiais!
Pessoas como vocês fazem toda a diferença não só no resgate de nossas raízes, mas também na valorização do hoje, do agora, no que temos e fazemos de melhor...Um futuro próspero nos espera!
terça-feira, 24 de maio de 2011

24 de maio - Dia Nacional do Café


Muito se fez e se esperou para que o dia de hoje chegasse...
A espera pelo sol, pela chuva, os cuidados com o solo...as podas....
Das pequenas sementes e mudas, construímos de sol a sol na lavoura o sonho de colher frutos  perfeitos...

Há alguns meses, durante a florada, sentimos os aromas e apreciamos a beleza no cafezal.

"O Cafezal branco em flor,
Amanheceu que é uma grinalda
De pricesa.
O povaréu madrugador
Subiu bem no alto do barranco.

- Olha a florada! Tudo branco!
É o lavrador que ficou noivo
Da riqueza!

(...)Dias depois, pendem os ramos
Dos cafeeiros, que estão todos
Empipocados de esmeraldas...
Primeiros frutos que vem vindo...
Lágrimas verdes... Foi alguém
Que chorou verde de esperança,
Dentro de um grande sonho lindo.

Poesia de Cassiano Ricardo, extraído do livro
A Epopéia do Café no Paraná, de Irineu Pozzobon.

E hoje, neste 24 de maio, comemoramos o Dia Nacional do Café, que marca o início da temporada da colheita.
Período em que os nossos lavradores correm contra o tempo para colher o melhor da fruta madura, doce, saborosa, inteira...
A força, a agilidade e ao mesmo tempo a delicadeza destas mãos fazem toda a diferença!
 
Suas mãos, seus braços, pernas e pés.. enfim toda a força destes trabalhadores, hoje tão poucos, está a serviço de uma das culturas mais lindas e trabalhosas no mundo...

Hoje, com a ajuda da tecnologia tudo ficou mais rápido, produtivo...Porém, na colheita dos cafés especiais, mais próximos da perfeição, a colheita "no pano", seletiva, fruta por fruta...é indispensável.
A tecnologia aliada à mão de obra, uma dupla inseparável para a cafeicultura moderna!

Depois da colheita, o beneficiamento...logo em seguida o terreirão de café. Novamente o sol e as mãos entram em ação.Para depois, nas tulhas, nos galpões, nas corretoras, cooperativas, torrefadoras e por fim, nas mãos dos baristas...podermos saborear o café nosso de cada dia!


Olhar nos olhos de cada uma destas pessoas é como ver e compreender melhor a luta da vida, o verdadeiro valor das pessoas...
É poder sentir de perto o amor nas coisas simples que vêm da alma e do coração, é chegar mais perto da minha, da sua e da história de todo brasileiro!
terça-feira, 17 de maio de 2011

Depoimento de uma turista que esteve na Rota do Café na Páscoa

Olá pessoal da Rota do Café,

No feriado de abril, meu namorado e eu,  fizemos um pedacinho da Rota Café. Ficamos com vontade de mais....mais café...rs.
Aprendemos muito, de massa de macarrão a cobrir o café no terreiro. Conhecemos pessoas apaixonadas pelo café, mas, principalmente, pessoas acolhedoras e dispostas a partilhar conhecimento. Não posso deixar de registrar, que de tanto conversar com a Sra. Meyre e Sr. Flávio (Café Fazenda Lusitânia), acabamos dormindo na casa deles....que carinho!obrigada...
Na “nossa rota” foi possível mergulhar no mundo do café-  ver a diferença entre os tamanhos do pé de café  bourbon  e mundo novo, diferentes  tipos de torras, terreiros de secagem mostrando  a grandeza da época do café e a engenhosidade dos europeus para trabalhar o fruto;  experimentar a rara bebida do “jacu”, refrigerante e  pratos elaborados com o café,  enfim....tem de tudo.
Obrigada Luciana pela atenção.

Conhecemos: Fazenda Monte Bello, Empório Café da Casa, Fazenda Lusitânia, O Armazém Café e Restaurante Brasiliano.

Kátia e Tomio.
terça-feira, 10 de maio de 2011

Rota do Café na Revista Espresso

A Rota do Café é destaque em uma das maiores vitrines do café no Brasil, a Revista Espresso. Nos sentimos lisonjeados!

Na edição 31 (março, abril e maio/2011), a jornalista Caroline Marques e a fotógrafa Renata Wolfe "traduziram" a Rota do Café de forma bela, preciosa, verdadeira...
As profissionais passaram alguns dias conhecendo a Rota do Café em 2010, puderam viver e sentir as emoções da região e agora, nesta matéria democratizam conosco esta experiência super bacana, especialmente para os apaixonados por café!




CAFÉ E GASTRONOMIA
"Café antes de ser uma bebida, é um alimento. Produzido com muita dedicação por cafeicultores no mundo inteiro, ele chega para nós, consumidores, de forma muito modificada da sua origem. Um fruto vermelho ou amarelo passa por diversos processos e, torrado ou moído, vai para o pacote do supermercado, loja ou cafeteria para nosso deleite. Esse poder do café, esse prazer proporcionado, e tudo o que ele influência na área de gastronomia, economia, saúde, artes, e história nos levou a fazer uma reportagem especial que mostra por que não vivemos sem ele. E, se você ainda tem dúvidas que ele move o mundo (e nos move), certamente vai entender um pouco mais desse poderoso alimento nesta edição". (Revista Espresso, Edição 31 - março, abril e maio/2011).

*Nosso especial agradecimento à Mariana Proença, Caroline Marques e à Renata Wolfe. Serão sempre bem vindas à Rota do Café!
segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lançamento do Roteiro "Uma viagem aromatizante" pela Rota da Café

"Uma viagem aromatizante"...esta é a proposta do mais novo produto da Rota do Café!
A parceria com a rede Blue Tree Hotels, dona de uma das mais competentes marcas hoteleiras do Brasil e a Companhia de Viagens, uma das agências credenciadas à Rota do Café, rendeu bons frutos...
O compromisso de oferecer serviços inusitados e surpreendentes levou o Hotel Blue Tree Premium Londrina a investir na valorização das raízes norte paranaenses, leia-se: na valorização da cultura cafeeira, em que a Rota do Café é "solo fértil" para tal feito.
O pacote oferece à pessoas da melhor idade a oportunidade de vivenciar os aromas e atrações da Rota do Café...passeios com muita cultura, sabores, contato com a natureza, hospedagem em clima de acolhida especial. E para completar a diversão, jantar temático com bingo!


A agência Companhia de Viagens é a responsável pelos cuidados, transporte e atendimento vip. O melhor do receptivo Rota do Café!

Maiores informações:
Agência Companhia de Viagens
43 3324 2200 - Londrina
Contato: Marcio Silva
marcio@companhiadeviagens.com

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