sexta-feira, 21 de agosto de 2015
A SERVIÇO DA NATUREZA
Quanto custa para a agricultura brasileira os serviços prestados pelos polinizadores naturais?
Essa pergunta foi feita em 2013 pela revista A Lavoura em
uma reportagem sobre a polinização de abelhas em cultivos comerciais. Para quem
desconhece a polinização é o processo pelo qual os grãos de pólen são
transportados das flores masculinas para as flores femininas, por meio da ação
de agentes bióticos (insetos, mamíferos e aves) ou abióticos (vento, chuva,
entre outros). Embora não seja a única condição necessária, a polinização
representa uma etapa importante no processo de formação de frutas de várias
plantas, entre elas o café.
Transporte de pólen: quando uma
abelha pousa em uma flor, o corpo dela fica cheio de pólen, produzido pela
parte masculina da planta. Ao pousar em outra flor, ela solta o pólen,
completando o processo de polinização, que colabora para o nascimento de novos
frutos.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO, 85% das plantas com flores das matas e florestas e 70%
das culturas agrícolas, dependem dos polinizadores. A polinização das abelhas é
fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em
diversas culturas agrícolas como no gráfico abaixo.
NA CAFEICULTURA
O serviço ecológico da polinização promove o
aumento de frutos no pé de café, já que as abelhas são uma das responsáveis por
ampliar o número de flores fecundadas. Sem as abelhas, o trabalho ficaria a
cargo do vento, de outros insetos e dos pássaros.
4,6% É o
aumento obtido na produção de café em propriedades que têm áreas nativas
preservadas próximas às plantações.
O tema sobre o papel dos polinizadores na produção
de alimentos ganhou o debate científico de maneira acentuada com o início do
novo século e vários trabalhos foram realizados focando o efeito negativo do
declínio dos polinizadores na produção do café especificamente e também o
aporte econômico promovido pela vegetação nativa adjacente às plantações.
Infelizmente, em todo o mundo está
acontecendo uma perda sensível de polinizadores – aves, morcegos, besouros,
borboletas, mariposas e principalmente abelhas -, que atuam de forma direta na
polinização de 75% das variedades de cultivos para a alimentação humana. O
fenômeno foi detectado nos últimos anos por várias instituições de pesquisa de
diversos países que, juntas, vêm emitindo este alerta. Elas ainda têm cobrado
medidas dos governos das nações mais afetadas pelo problema, que tem entre suas
principais causas o uso indiscriminado de pesticidas e a adoção de
monoculturas.
Em artigo recente publicado pela Sociedade Nacional
de Agricultura - SNA em maio deste ano, Ceres Belchior, analista
ambiental do Ministério do Meio Ambiente destaca: “Em torno de 75% da
alimentação humana depende direta ou indiretamente de plantas polinizadas ou
beneficiadas pela polinização animal. Então, se não nos mobilizarmos para
combater as causas do declínio dos polinizadores, nossa segurança alimentar e
nutricional ficará comprometida.”
Pois é, e sabemos que os polinizadores contribuem
com a polinização da cultura do café assim como de outras culturas (maracujá,
pimentão, tomate, etc), logo a polinização pode e deve ser usada como
ferramenta econômica para a conservação. Entretanto, ainda conhecemos muito
pouco da ecologia deste serviço sob o aspecto da paisagem, este mosaico
dinâmico de elementos distintos aqui no Brasil. Qual será nosso próximo passo? Como vamos
causar uma mudança de atitude nos produtores rurais? Como a polinização se
insere na política de pagamento por serviços ambientais?
Fonte
- Pesquisa de Paulo de Marco Júnior, realizada em 2002, em áreas de cultivo de Viçosa, a 225 quilômetros de Belo Horizonte.
- Revista A Lavoura nº696/2013, pag. 25
- http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/servicos-ecologicos-natureza-trabalha-beneficia-homem-667884.shtml
- Silva, Marcela Ferraz e, Abelhas Visitantes Florais e Produção de Frutos e Sementes em Café Convencional, 2013, 53f. UESB, BA.
- http://www.semabelhasemalimento.com.br/
- http://sna.agr.br/projeto-alerta-para-importancia-de-polinizadores-na-producao-de-alimentos/
sábado, 11 de julho de 2015
Época de colheita de café
De maio a setembro as principais regiões produtoras de café arábica do Brasil estão em fase de colheita. Para o produtor é um período intenso, de muito trabalho e cuidados especiais para quem quer produzir um café de qualidade, ou seja uma bebida boa e melhor preço pago pelo mercado.
Colheita Manual
Ela engloba a retirada dos frutos do pé, recolhimento e abanação.
Derriça feita sobre panos
Abanação para a retirada de folhas
Após a abanação, o café é colocado em sacos, mas deve ser lavado e esparramado no terreiro no mesmo dia
Geralmente a maturação, em plantações sem irrigação, é desuniforme: verde, verde-cana, cereja e bóia...
... sendo o café "cereja" o ponto ideal de colheita
Colheita Manual
Ela engloba a retirada dos frutos do pé, recolhimento e abanação.
Derriça feita sobre panos
Abanação para a retirada de folhas
Após a abanação, o café é colocado em sacos, mas deve ser lavado e esparramado no terreiro no mesmo dia
Geralmente a maturação, em plantações sem irrigação, é desuniforme: verde, verde-cana, cereja e bóia...
... sendo o café "cereja" o ponto ideal de colheita
O importante é que os cafés com estágios de maturação diferentes, sejam separados no terreirão, pois exigem um manejo diferenciado na secagem.
cereja descascado |
bóia |
Durante uma viagem técnica, visitando produtores em Minas Gerais, encontramos um equipamento interessante, usado para revolver o café espalhado no terreiro:
Colheita mecanizada
Um dos problemas enfrentados pelos produtores de café é a escassez de mão de obra durante a colheita. Por isso alguns tem se unido para a aquisição de colhedoras ou alugam máquinas de prestadores de serviço.
As colhedoras promovem a derriça e recolhimento dos frutos, os quais em seguida são ventilados e podem ser ensacados, depositados na própria máquina ou despejados por tubulação em carretas. Existem algumas limitações para a mecanização da lavoura como: declividade de terreno, espaçamento entre as plantas e uniformidade na maturação dos frutos.
Diferente de outras frutas como o abacate, a manga ou laranja, o café depois de seco pode ser estocado por um a dois anos, aguardando o momento ideal de comercialização.
É dentro deste armazém - a "tulha"- que o produtor guarda todo o seu esforço de um ano de intensa dedicação.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Semana do Café 2015
"Os brasileiros têm verdadeira paixão por café!" Afirmação feita através de pesquisa pelo Consórcio Pesquisa Café.
O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de café e é considerado o segundo maior consumidor do produto em nível mundial tanto que, em 2005, a Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, instituiu o dia 24 de maio como Dia Nacional do Café. A ABIC, juntamente com Conselho dos Exportadores de Café do Brasil Cecafé, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Conselho Nacional do Café - CNC e Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel - ABICS, representa o setor privado da cafeicultura no Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, colegiado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, através do Consórcio Pesquisa Café, consideraram essa data - 24 de maio, como Dia Nacional do Café, por coincidir com o início da colheita na maior parte das regiões produtoras do Brasil.
Em sua 4ª edição a Semana do Café – realizada pela Rota do Café – SEBRAE/PR e pela Universidade Estadual de Londrina, através do Museu Histórico de Londrina, propõe de 21 a 24 de maio atividades referentes à data. Essa Semana tem por finalidade fortalecer a identidade do produto Rota do Café por meio de elementos que valorizem o norte paranaense - região que se desenvolveu fortemente associada ao cultivo do grão; comemorar o Dia Nacional do Café tornando a “Semana do Café” um acontecimento expressivo e marcante; gerar visibilidade e oportunidades de negócio para os empreendimentos da Rota do Café; valorizar talentos regionais; promover ações culturais e de entretenimento para a comunidade londrinense e regional por meio de atividades gratuitas no Museu Histórico de Londrina e estimular a visitação ao Museu - “casa de memória” onde ficam armazenados vários acervos que contam a história de desenvolvimento e colonização de Londrina e Região.
O evento conta com a parceria de muitas entidades que acreditam no turismo regional: ABRASEL, ACIL, ASAM, Londrina Convention Bureau, CODEL, Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, Projeto Palcos Musicais, Emissora RPC, Secretaria de Turismo e Cultura de Ibiporã, SENAC, SESC Cadeião, Strik Turismo, UNOPAR e EMATER.
A programação acontecerá no Museu Histórico de Londrina. Rua Benjamin Constant, 900 – Centro (antiga Estação Ferroviária). Mais informações pelos telefones (43) 3323-0082 e 3324-4641.
Confira a programação em detalhes: www.semanadocafe.com.br
Veja algumas cenas do evento em 2014 e anime-se para participar da Semana do Café 2015!
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