terça-feira, 5 de julho de 2011

OFICINA DE CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS NA ROTA DO CAFÉ

Oficina ensina participantes da Rota do Café a contar estórias

Empresários aprendem, em Londrina, a arte de narrar e prometem surpreender os visitantes que procuram o norte do Paraná como roteiro turístico.

A empreendedora e empresária Cornélia Margot Gamerschlag, da Fazenda Palmeira, foi uma das “estrelas” da “Oficina de Contação de Estórias”, oferecida pelo SEBRAE/PR, especialmente para os participantes do Projeto Rota do Café. A oficina foi realizada na semana passada, em Londrina, no escritório do SEBRAE/PR.

Cornélia narrou, em primeira pessoa, uma visita fictícia à Índia e contou que lá “conheceu” um encantador de serpentes, durante um passeio em uma feira livre. O homem permanecia sentado no chão da praça e proporcionava um espetáculo com a serpente, que interagia com as pessoas e chamava a atenção do público no local.

No entanto, contou Cornélia, uma bela moça atraiu o olhar do rapaz e, num momento de distração, ele acabou perdendo o controle sobre o animal, que quase fugiu, causando medo e transtornos à comunidade.  Ainda segundo a lenda, o homem que matar uma cobra terá em troca outras mil da mesma espécie. 

Com base na ficção, Cornélia garante que nunca mais matou nenhuma cobra que apareceu em seu cafezal, localizado no norte do Paraná. Quando recebe a visita indesejável do animal, ele é recolhido e devolvido ao seu ambiente natural, onde não provoca perigo aos seres humanos.

Contar uma boa história parece algo simples, mas não é. Nem todos têm a habilidade de Cornélia.  Narrar requer técnicas teatrais, vocais, expressão corporal,  além da preparação de um ambiente favorável para chamar a atenção dos ouvintes.

Todos os detalhes, na hora de narrar um fato, foram apresentados pelo jornalista e professor de teatro Rafael Arruda, a partir de uma série de exercícios práticos que podem ser adaptados à realidade de cada um dos integrantes da Rota do Café.

De acordo com Arruda, o objetivo da oficina - desenvolver habilidades para contar estórias e histórias - foi cumprido. “Os participantes mostraram envolvimento nos exercícios e irão emocionar os visitantes da Rota do Café com o relato de suas histórias ou de casos de ficção”, diz.

O professor comparou a “contação de estória” ao embrulho de um presente, porque o ato é capaz de provocar sensações e surpresas que ficarão armazenadas na memória dos turistas. “Eles já sabem que vão encontrar no roteiro propriedades históricas de cafés, pousadas, entre outros atrativos. Mas o que irá surpreendê-los, realmente, será a forma como serão recepcionados, as vivências e as histórias que eles conhecerão durante a viagem”, relatou.

Adrian Saegesser, gerente da Pousada Marabú, recebe vários grupos de turistas, formados principalmente por idosos e crianças, e gostou da proposta apresentada durante a oficina. “Já tive várias idéias e pretendo praticar aquilo que aprendemos hoje para chamar a atenção do público”, comentou.

Andréia Cristina Ohya foi surpreendida pelo talento do professor e garante que a iniciativa valeu a pena. “Queria participar da oficina uma vez por mês. Vamos sair daqui entusiasmados e, com certeza, nossa alegria vai contaminar nossos futuros visitantes”, finalizou.
Texto de Savannah Comunicação Integrada
Assessoria de Imprensa SEBRAE PR.

VEJAM OS DEPOIMENTOS... 

"Foi uma oficina super legal! Aprendi e experimentei um mundo totalmente novo para mim. Não que eu não tivesse contado histórias até hoje, mas nunca me tornei consciente de como é importante a maneira como se conta uma história, da postura, da paixão com que se faz isso. Como aqui na Pousada Marabú recebo muitos grupos de pessoas, tanto crianças como adultos foi para mim realmente muito importante ter participado e vivenciado esta oficina". Adrian Saegesser, Pousada Marabu - Rolândia, Pr.






"Hoje  eu vou expor , que para contar uma boa historia,
 é preciso ter algumas atitudes: não esquecer de cuidar de sua voz, a importância da postura e  principalmente em colocar o máximo de emoção e vivacidade para conseguir a atenção do ouvinte, quer esteja contando um conto retirado do livro ou mesmo de uma história real". Elza Vargas, guia turística - Londrina, Pr


 
"Rafael Arruda conseguiu, com muita habilidade, conciliar informações valiosas e úteis com experiências práticas em apenas 8 horas de oficina - pouquíssimo tempo para tanto conteúdo.Tudo o que aprendemos poderemos aplicar na prática conduzindo grupos da Rota do Café e tornar as explicações mais prazerosas tanto para o turista como para nós." Cornélia Gamerschlag, Fazenda Palmeira - Santa Mariana, Pr




"O que aproveitei da oficina foi que temos que analisar com quem falamos e em qual momento estamos tentando expor nossas história ou estórias ao receber nossos clientes e visitantes, mas podemos trazer isso para nossa vida cotidiana com família e amigos. Percebi que a dicção das palavras tem que ser boa para que a voz saia clara e prenda o ouvinte seja o da primeira fila ou o da ultima, no geral o que me motivou a fazer tudo o que foi proposto, foi estar com pessoas maravilhosas compartilhando daquele momento. Sinto pelos que não foram. E recomendo que haja outros, pois só assim teremos ciência do que nós propusemos a fazer ao ingressarmos na Rota do Café". Andréia Ohya, barista, Café Terrara - Londrina, Pr
As sementes foram lançadas...
"No início de nossa oficina, realizada no último dia 10, uma das primeiras coisas que disse ao grupo foi o seguinte: "Parte da oficina está preparada, a outra parte vai depender de vocês. Por isso conto com a participação de todos".
E foi o que aconteceu. A oficina foi completa, pois todos deram 100% do seu tempo, de sua dedicação. Todos estavam muito empenhados pela oficina. Pedi também que desligassem os celulares e isso serviu de metáfora para se desligarem do mundo lá de fora da sala. A partir dali começou a imersão em busca de um crescimento interno e individual. Confesso que estava apreensivo em encontrar pessoas de diferentes realidades, repertórios e idades numa mesma reunião. Mas a participação de todos os integrantes fez com que atingíssemos o sucesso da oficina. Fizemos uma avaliação vocal, desenvolvemos atividades para estímulo de improvisação e procuramos desenvolver as histórias que cada um já tinha consigo.
Em resumo, a oficina plantou várias sementes nos participantes. Agora é a hora de explorar aquilo que iniciamos em suas propriedades, com seus visitantes e sua realidade.
Obrigado a todos do Sebrae pela oportunidade e Parabéns pela iniciativa!!!"
Rafael Arrudar, nosso professor!

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